O Sporting é irracional. Tem um processo diferente da razão. Viva o sonho...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

do SILÊNCIO.

do SILÊNCIO.


Ah cavaleiros! Falemos então do silêncio. Este mesmo que aqui se passou. Esta ausência. Falemos então.


Recolhemo-nos depois da guerra civil. Esse foi um silêncio de perdão.


- As pedras que eu arremessei por aí, e as que me acertaram. Doeram, sobretudo porque eram atiradas de perto. De dentro. Doi sempre mais. -


Teria que haver sempre um silêncio para perdoar(-nos). Ninguém esperava que fosse diferente. E não foi.


Depois o silêncio paralisante. Da impossibilidade da razão. Da ausência de perspectiva. Sem saida. Mudos e sem saida. Rocha lisa. Sem um caminho de saliências que nos deixe subir e espreitar para o outro lado. Só isso. Sem querer construir cidades no cume. Só espreitar. Ver seja o que fôr. Mas ver que existe.


  • Aquele solstício do futebol. A passear o grande amor por Braga a idolátrica. Foi o estertor duma era. Mas também o principio de outra, ou pelo menos o campo fumegante de onde se recomeça, porque o pior já passou. -



Deste silêncio sai-se lento. E nunca sozinho.

  • Falemos dos dias incompletos. Dos actos falhados, mesmo aqui no blog a anunciar contratações. Compradores de sonhos e esperança. A chamar a plebe ao circo, e a plebe a viver os sonhos sem se importar. Contratações. Neste momento no Sporting a única grande contratação somos nós. Nós. A acreditar mais uma vez e sempre em tudo. Quem devia ser anunciado na capa de um pasquim desportivo qualquer, como o reforço mais valioso de sempre, somos nós. Que estamos a recuperar a forma, diriam eles, que se sente uma energia marada, irracional, no ambiente. Que de repente voltámos, nós, de uma lesão gravíssima - Letargia.

O Sporting reforçou-se com os sportinguistas. Bravo! -



Do silêncio e só no silêncio se renova a esperança. Se alimenta a fé. Se redescobre a vontade. É dele que emergimos para umas golfadas de ar. Para respirar. Para, assim, viver.

Cavaleiros, urge voltar. Do silêncio e da descrença.



  • 105 anos passaram desde a fundação do clube. Alguns sairam do silêncio e tentaram um sonho. Chegou até nós. Quase intacto. -


Do silêncio parte o grito da vitória.

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